quarta-feira, 29 de maio de 2019

Cap. Mor FRANCISCO DIAS DE SIQUEIRA Do Piauí ao Maranhão

Sobremodo obscuros são os episódios que principiam a civilização do grande vale parnaibano do Piauí. O lendário Domingos Jorge Velho antes afazendado na confluência do Rio Parnaíba com o Rio Poty, deixara as suas certas e exuberantes terras piauienses pelas duvidosas estepes do Nordeste altamente infestado, indo combater os  cariris (genéricos canibais) e quilombolas negros rebelados. Nessa vasta região piauiense e maranhense, quando as fronteiras ainda não estavam bem delineadas, outra gigante figura bandeirante se destaca: Francisco Dias de Siqueira, "O Apuçá" (o surdo), um dos mais enérgicos personagens do ciclo do preamento indígena! A grande área maranhense que Filipe II criara como um Estado apartado do Brasil permaneceu, até quase fins do século XVII, alheia à colonização a não ser quanto à estreita faixa litorânea ocupada por invasores franceses e holandeses, depois reconquistada. Diversos sertanistas percorreram o interior maranhense, onde a vultosa nação dos tremembés era como que "a vendeta (vingança) avançada dos cariris", no dizer de Capistrano de Abreu. Entre eles citam-se Vidal Parente, filho do valente Bento Maciel, Inácio Coelho da Silva, João Coelho do Vale, todos valorosos! Os ataques tapuias quase atingiam a capital na Ilha de São Luís!

Os xenófobos "cariris" (aborígenes genéricos) não aceitavam a coexistência pacífica com os povoadores brancos, que lhes traziam agricultura e criação, urbanidade e cristianidade, civilização. Preferiam sua própria condição inferior de bestas-feras canibais, sem compaixão humana!
Os tremembés devastavam os vales do Mearim e Itapicuru, quase chegando à capital São Luís! Assim recebeu a coroa lusa incessantes pedidos de socorro do Maranhão. Em 1699 pensava D. Pedro II (de Portugal) em incumbir Domingos Jorge Velho (neste site) ou Moraes Navarro, de uma campanha militar contra este gentio. Poderiam eventualmente ser assistidos por chefes capazes como o Mestre de Campo Matias Cardoso de Almeida (neste site) e Antônio de Albuquerque Câmara. 

No ano anterior comunicara o Governador Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho ao Rei que se malograra por completo a empresa intentada "por um certo paulista" (de identidade ignorada), que se prontificara a extinguir todo o gentio infestador da região. Nada fizera porém, por não ter conseguido levantar tropa suficiente, em vista dos sertanistas já estarem ocupados na guerra dos bárbaros do Nordeste (Rio Grande, Ceará, Paraíba). 

(((ENTRE PARÊNTESES)))

C A N I B A I S



Nomadismo e promiscuidade 
Talvez a maior descoberta dos portugueses ao desembarcarem em nossas terras tenha sido os próprios índios, um tipo humano ainda não conhecido pelos lusos em nenhuma parte do mundo. A única ciência dos indígenas era a floresta. O objetivo de suas vidas era comer, beber, caçar, combater e matar…

As aldeias que construíram — as tabas ­duravam no máximo quatro anos: as madeiras apodreciam, as palmas dos tetos de suas ocas já não os cobriam e toda a caça da redondeza estava exterminada.

Se alguma tribo se dedicava precariamente à agricultura, as terras cultiváveis estavam cansadas, o que obrigava os silvícolas a se mudarem de local. Além de predadores da natureza, nossos índios, com seus costumes nômades, jamais conheceram qualquer tipo de desenvolvimento.
Cunhambebe, cacique canibal, vangloriava-se de ter deglutido dezenas de inimigos!
Os laços sociais que os uniam eram de tal maneira frouxos que essas pequenas tribos se fracionavam cada dia mais. As constantes guerras de extermínio entre elas constituíam motivo para que se debilitassem e diminuíssem em número.

Nessas pobres almas predominava o instinto de vingança. Iniciadas as rixas que eram transmitidas de pais para filhos, não se poderia esperar nenhum sentimento de abnegação em favor do interesse comum e tampouco da posteridade.

Ao contrário de certas visões idílicas que alguns autores indigenistas procuram dar à vida tribal, ela se caracteriza pela mais completa promiscuidade, causadora de todas as espécies de doenças e vícios morais.

Vários cronistas da época relatam que os índios, antes da conversão, moravam em casas compridas — as ocas — cuja superfície era de trezentos ou quatrocentos palmos por cinqüenta de largura; suas paredes eram de palha e o teto recoberto de folhas de palmeiras. Dentro delas viviam esparramados indistintamente cerca de cem a duzentos silvícolas. Entrando na oca, via-se a todos e tudo quanto nela se encontrava. Uns cantavam, outros riam, outros choravam, alguns preparavam farinha, outros o cauim etc. Havia pequenos fogos por todos os lados dando uma aparência de labirinto ou de um pequeno inferno.

Essas tabas eram escura, malcheirosas e esfumaçadas. À guisa de camas, os infelizes nativos usavam uma espécie de rede que exalava um odor horripilante, pois eles eram tão preguiçosos que nem se levantavam para satisfazer suas necessidades naturais.

Eram seres subumanos inteiramente rudimentares, ferozes, astutos, mentirosos e traiçoeiros. E, além do mais, eram canibais.

 
As cerimônias de matanças públicas serviam de pretexto para festas e ajuntamentos. Daí a denominação de “antropofagia ritual” que lhes deram. Os aborígines comiam seus inimigos por vingança. Suas expedições guerreiras tinham também como fim proverem-se de carne humana.

Durante os combates, os índios visavam sobretudo à captura de prisioneiros. Após uma luta preliminar, os guerreiros de ambos os lados precipitavam-se uns contra os outros, esforçando-se para desarmar o adversário e aprisioná-lo vivo. Os mortos e feridos no campo de batalha eram dizimados e devorados imediatamente, levando-se também diversas partes assadas para casa. A expedição vitoriosa fazia uma entrada triunfal em todas as tabas aliadas, ao longo do caminho. Ao chegar à aldeia de origem, as tropas obrigavam o prisioneiro a gritar: eu, vossa comida, cheguei!


Nenhum deles podia escapar ao sacrifício ritual para o qual era destinado. Caso adoecesse, os indígenas levavam-no mata adentro e partiam-lhe o crânio, deixando o cadáver insepulto. A duração do cativeiro variava muito, pois os velhos eram mortos sempre no retomo da expedição, enquanto os jovens poderiam manter-se cativos por vários meses, até anos.

Marcada a data da execução, todos os vizinhos e aliados eram convidados a tomar parte no festim. Passavam a noite precedente, num simulacro de vigília, a dançar, cantar e beber. Logo ao alvorecer, várias mulheres conduziam a vítima amarrada pela cintura até a praça da execução, no centro da aldeia, em meio a grande alvoroço. Aparecia então, no pátio, o carrasco dançando com um enorme tacape nas mãos, e, aproximando-se do prisioneiro, o brandia com toda força, quebrando-lhe a cabeça.


Mal o mísero massacrado caísse morto, velhas índias precipitavam-se sobre ele para recolher em uma cuia o sangue e os miolos que eram engolidos ainda quentes. Em seguida, o cadáver era assado como se fosse um porco e depois esquartejado, levando-se então os pedaços às cabanas em meio a gritos de alegria. Os selvagens acreditavam que, comendo a carne do inimigo, apropriavam-se de suas qualidades e manifestavam sua superioridade sobre ele.

Antropofagia doméstica

Algumas tribos comiam por culto membros de sua família que faleciam, dando-lhes, como pensavam, um digno sepultamento em seus próprios estômagos.

Nas tribos que praticavam a antropofagia era freqüente encontrar esse canibalismo doméstico, mágico ou participativo. Ele procede da crença de que, pela ingestão das carnes de um indivíduo, dá-se a mais íntima união possível com ele, e por conseguinte, a participação em suas qualidades: coragem, vigor, destreza etc. Daí os banquetes sagrados em que eram comidos, em festividades solenes, os personagens tidos como superiores: o cacique, o pajé, os guerreiros ou heróis, freqüentemente pessoas da própria tribo.

Assim, a fim de se revestirem das qualidades desejadas de seus antepassados, surgiu em várias tribos o costume de ingerir-lhes, em rituais fúnebres, as cinzas com bebidas especiais.

Um mês após o funeral do familiar, desenterravam seu cadáver, já em adiantadíssimo estado de putrefação, e o colocavam em uma grande panela sobre o fogo, até que lhe extinguissem as partes moles. Os odores fétidos exalados durante o ato completavam aquele ritual macabro. Quando os ossos ficavam carbonizados, eram triturados e reduzidos a pó. Este, por sua vez, era colocado em grandes cuias de madeira cheias de bebidas. Todo o grupo presente bebia então esta mistura até a última gota, crendo que as virtudes do morto haviam se transmitido a todas as pessoas que a ingeriam.
http://www.abim.inf.br/a-catequese-dos-indios-na-historia-do-brasil/#.XJk5SNjlQ1I
  (((FECHA PARÊNTESES)))

Este respeitado Apuçá, que desde 1677 se distinguia pelejando em vastas áreas atualmente goianas, piauienses e maranhenses, originalmente viera de São Paulo em companhia de outro sertanista de relevo, seu sobrinho João Raposo Bocarro. O Governador Geral Câmara Coutinho incumbira-os da pesquisa de minas de ouro, prata, pedras e pérolas existentes nas serras e lagoas de que havia notícia, 
"pelos sertões do interior do Rio Grande, Ceará e confins da guerra que se oferecia a alguns grupos bárbaros".
Mas em vez de cuidarem da prospecção projetada, entregaram-se tio e sobrinho, à mais desabalada captura de nativos para domesticação, habituados que estavam na velha prática preadora* paulista: "O Remédio do Sertão"! 
*("Governar é Povoar" - As povoações eram formadas na maioria com indígenas domesticados; assim começaram cidades como Atibaia, por exemplo, com 160 nativos reduzidos pelo padre Nunes de Siqueira e acolhidos pelo Cap. Jerônimo de Camargo, fundador. Com eles formavam lavouras e também seus exércitos "eurobugres" treinados nas batalhas contra invasores estrangeiros e canibais nas bandeiras de batalha - foi uma funcional parceria que prosperou durante séculos!).
E com tal empenho que Albuquerque pediu a D. Pedro II a repressão de seus procedimentos. Contou que o Apuçá e outros paulistas percorriam o sertão maranhense, nos distritos vizinhos ao Pará, assim como nas vizinhanças da Serra Ibiapaba, onde seduziam os índios domesticados das missões jesuíticas. Fez Coutinho acérrimas acusações àqueles livres sertanistas... "vassalos rebeldes, tanto em sua vila natal como no Sertão". Documentos aduzidos por Ernesto Ennes em seu magnífico estudo sobre Palmares, trazem-nos novidades sobre este Apuçá. A tal respeito se inclui o precioso relato do licenciado Miguel de Carvalho, cura (padre) de Cabrobó no Alto São Francisco (Pernambuco), documento capital para o estudo da história piauiense na fase do primeiro povoamento. Em 1697 segundo ele, contavam-se 2 fazendas sobre o Rio Canindé, 7 sobre o Rio Itaim, 36 sobre o Rio Poty e seus tributários, 20 sobre o Rio Parnaíba, 7 sobre o Rio Gurguéia, 9 sobre o Rio Longá. Mas eram fazendas na mais áspera vida e maior solidão, com três ou quando muito, quatro civilizados(!) (como já citamos) em cada uma - a demais população era indígena! Naquela vasta região, o único núcleo de importância vinha a ser um arraial a (...) léguas da foz do Rio São Francisco, no arraial da então recém-fundada capela da nova "Freguesia de Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha do Sertão do Piauí", matriz de 24 palmos de comprido sôbre 12 de largo, muros de taipas, teto de folhas de pindoba, primeiro edifício da futura Vila da Mocha e mais tarde, Oeiras. Nas vizinhanças estava o Arraial do Apuçá, nos olhos d'água que vulgarmente chamavam "Brejo da Mocha" (fazenda Cabrobó, homônima da outra povoação mencionada) nos quais estava situado o paulista Capitão Mor Francisco Dias de Siqueira com seu arraial de tapuias treinados com os quais combatia o gentio bravo, detendo-lhe um eventual avanço sobre aquela povoação!
Matriz do Rosário - Vila da Mocha, depois Oeiras - A mais primitiva do Piauí
"Têm algumas plantas de farinha, arroz, milho, feijão e frutas, como bananas, batatas e tudo que se dá com grande abundância, evidenciando a fertilidade da terra e a incúria dos moradores (nativos), que por sua preguiça não têm frutas de que vivam"...
 ... escrevia o Padre Carvalho. Mostrava-se o arraial um modelo de organização bem entendida, ali assumindo o Apuçá ares de "Conde" (ou marquês) das antigas marcas medievais, como cavaleiro fronteiriço da Civilização. Não se sabe exatamente quando nem onde faleceu. Parece que quando já muito opulento, mudou-se para a Cidade de Salvador, onde veio a morrer em fins do século XVII.

 (1) Vide referências em História Geral das Bandeiras Paulistas, tomo VII, capítulos XXXV e XXXVI. PIAGUÍ ou PIAUÍ – RIO DOS PIAUS.(coleção em nosso BD).
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Colonização e Independência. Pré História.
Pedra do Sal, antigo porto de navegantes pré-coloniais.
Muito tempo antes do descobrimento do Brasil, o Piauí, segundo alguns sinais existentes, parece ter sido habitado por povos civilizados. Estes sinais foram mostrados pelo professor austríaco, Ludwig Schwennhagen, que acreditava ter sido a Pedra do Sal, em Parnaíba, o porto  marítimo dos antigos navegantes, e as Sete Cidades, em Piracuruca, o centro de suas reuniões.

O Piauí era também habitado por indígenas, em virtude da influência do rio Parnaíba e seus numerosos afluentes e da lagoa de Parnaguá. Dentre os grupos indígenas encontrados no Piauí, na época do descobrimento, podem-se citar os tupis, os tapuias (genéricos) e  caraíbas(?). Inicialmente, as terras do Piauí receberam a denominação de Piaguí, nome dado pelos seus indígenas. Mais tarde, chamaram-nas Piagoí. Somente depois é que ficaram conhecidas por Piauí, que quer dizer "rio (1) de piaus" (uma espécie local de peixe).
Sete Cidades, Piauí





 À margem do riacho Mocha, o Apuçá instalou a fazenda Cabrobó, na qual residiu por algum tempo. Logo depois, formou-se um povoado, próximo a essa fazenda, com o mesmo nome, e mais tarde chamado Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha do Sertão do Piauí. Com o desenvolvimento da lavoura e da criação de gado, o povoado desenvolveu-se e foi elevado à categoria de vila, com o nome de Mocha. Mais tarde, passou à condição de cidade com o nome de Oeiras. Logo após a criação da vila de Mocha, foram criadas no Piauí as seguintes vilas: Parnaguá, Jerumenha, Campo Maior, São João da Parnaíba (atual cidade de Parnaíba), Marvão (atual Castelo do Piauí) e Valença.
Valença, antiga Santa Catarina, fundada por Francisco Dias de Siqueira
Foi o gado, que na segunda metade do século XVII abriu caminho para a ocupação do estado do Piauí, demarcando as suas fronteiras. Os rebanhos trazidos por sertanistas, vindos do rio São Francisco, desceram os rios Gurguéia e Piauí, percorrendo a região que vai do Gurguéia ao Poti para se fixarem em terras piauienses. As principais povoações do Piauí, depois transformadas em vilas e cidades, cresceram a partir das fazendas de criação de gado. A carne, como alimentação, e o couro no vestuário, permitiram a sobrevivência dos desbravadores pioneiros. Parnaíba foi a primeira vila piauiense a tomar parte nos movimentos pela independência, por causa da sua localização geográfica, próxima ao litoral. A 19 de Outubro de 1822 foi proclamada, em Parnaíba do Piauí, por Simplício Dias da Silva, João Cândido de Deus e Silva, Domingos Dias, entre outros, a independência do Piauí e D. Pedro I (do Brasil) aclamado imperador constitucional. Nessa data é hoje comemorado o Dia do Piauí. Entretanto, o Piauí ficou sob domínio português até 24 de janeiro de 1823, quando o Brigadeiro Manoel de Sousa Martins declarou o Estado Independente, em Oeiras.
Batalha do Jenipapo, Piauí em 1823
Em 13 de Março de 1823, travou-se à margem do rio Jenipapo, em Campo Maior, a mais sangrenta e possivelmente única, batalha entre brasileiros e portugueses pela independência nacional, a Batalha do Jenipapo, onde centenas de piauienses e voluntários cearenses perderam a vida ou foram capturados, escrevendo com o seu sangue uma das páginas mais gloriosas da história nacional. Independente o Piauí, a vila da Mocha foi escolhida para capital, com o título de cidade e o nome de Oeiras, em homenagem ao Conde de Oeiras, mais tarde o (controverso maçon) Marquês de Pombal. (Aí tem!). Como cidade floresceu rapidamente, tornando-se o centro mais importante do novo estado. Desde os tempos coloniais, entretanto, pensava-se em se mudar a capital do Piauí, de Oeiras para as margens do rio Parnaíba, por ser essa cidade de difícil comunicação, criando dificuldades ao governo e comércio. Apesar dos justificados motivos, a mudança só se fez muito tempo depois, no ano de 1851, graças ao Conselheiro José Antônio Saraiva. Foi escolhido a Chapada do Corisco para a criação da Nova Vila do Poti, as margens do rio Parnaíba. Pouco depois surgiram as primeiras casas e a Igreja de Nossa Senhora do Amparo. No ano seguinte a Nova Vila do Poti foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Teresina, em homenagem a D. Teresa Cristina, imperatriz do Brasil. A instalação definitiva da capital em Teresina foi realizada no dia 16 de Agosto de 1852.
SINOPSE GENEALÓGICA ASCENDENTE DO APUÇÁ
Francisco Dias de Siqueira era um membro da
nobre* e poderosa Família Pires da governança de São Paulo. Era filho de Francisco Pires de Siqueira e Helena Dias, esta filha de Francisco Dias e Custódia Gonçalves; n.ªp.ª do jesuíta leigo Pedro Dias Parente (viúvo de Terebê, a 2ª filha de Tibiriçá) com sua 2ª esposa Antonia Gomes da Silva, esta filha de Pedro Gomes e Maria Affonso; nª.m.ª de Fulano... Gonçalves Penedo e Helena Gonçalves. Era n.ºp.º de Francisco de Siqueira, português de Vianna do Castelo, Caminha, Pt e Anna Pires de Medeiros, paulistana (cuja prima homônima era filha de seu tio Salvador Pires de Medeiros e de D. Ignêz Monteiro de Alvarenga, a Matrona). Era bisneto paterno do tronco do apelido Pires, o genearca Salvador Pires c.c. 3ª esposa Méssia Fernandes de Medeiros, filha de Marcos Fernandes c.c. N... Medeiros, por esta neta do povoador Amaro de Medeiros. Mais detalhes na linhagem colateral de Francisco Pires de Siqueira e seu filho Apuçá, na 3ª Geração abaixo.


PIRES
SIQUEIRA
Siqueira
Apelido de origem portuguesa, considera-se como sendo uma variação de Sequeira, derivado de Sequeiro, lugar seco, que não é regado. Em 1278 foi registrado como Siqueyros. Procedem de D. Martinho de Anaya, filho de D. Anião da Estrada, que foi cavaleiro principal do reinado de D. Afonso Henriques; foi senhor de Góes e Honra de Sequeira, donde derivou o sobrenome aos seus descendentes.
Veja também a remota procedência grega do apelido Pires, na 1ª geração e também relatório completo em link dedicado, neste site.


 PAF4 Modified Register 
(Crônica Modificada de Descendência)
to 14º Salvador Pires RIN 1317
Ancestral de 
Alan Rodrigues (Pires)* de Camargo
*(Tetravó Francisca Pires Pimentel e várias outras vertentes do apelido que chegam pelos Camargo)

Primeira Geração - GPSL

1. 14-Salvador Pires nasceu em Portugal. Era filho do também português João Pires O Gago. Veio casado com Maria Rodrigues, cuja filiação apresentada por Taques e Silva Leme foi contestada por Américo de Moura, a quem seguimos. Nós o reputamos um tri-patriarca, pois participou das fundações de São Vicente, Santo André e São Paulo. Um dos verdadeiros pais da nação, e Genearca incontestável da família Pires em São Paulo, talvez Brasil. 14-Salvador casou-se com 14-Mécia Fernandes de Medeiros*, 3ª esposa, filha de Marcos Fernandes e N...de Medeiros, por esta neta do povoador vicentino-paulista Amaro de Medeiros.
*(Erroneamente identificada com a mameluca homônima Méssia Fernandes Açú por Silva Leme e Pedro Taques, mas corrigida e publicada em *Revista da Asbrap #16 - pg. 99 e II-101 - nosso colega genealogista Helvécio de Castro Coelho, falecido, que Deus o tenha).
*Família Pires - de remota origem grega, depois hispânica e lusitana
Tem sua fantástica origem na cidade de PIREU, PIREUS ou PIRAEUS (em grego moderno: Πειραιάς, Pireás, Piɾɛˈas), próxima à Atenas, na Grécia Antiga. Esta hipótese sobre a origem dos Pires é formulada com base na designação toponímica, que associa o nome da pessoa ao seu ofício ou ao seu lugar de origem. Neste caso, PIRE’S (com apóstrofo significa propriedade e origem)* = “os de PIRE”   *(Nota nossa). 


A onomatologia é o estudo linguístico dos nomes próprios; compreende várias subdivisões, como a toponímia, cujo termo vem do grego e significa “nome de lugar”, uma divisão onomástica que estuda os topônimos ou nomes próprios de lugares, da sua origem, etnia e evolução; é considerada uma parte da linguística, com fortes ligações com a história, arqueologia e a geografia (FAURE, 2004).

A cidade de Pireus dista 7 km a sudoeste de Atenas, numa península calcária que oferece portos naturais explorados pelos atenienses, como o Porto de Pireus que, por 2500 anos, foi o principal do Mar Mediterrâneo. Pires ou Peres é um dos primeiros sobrenomes da história de Portugal. Em terras lusitanas os membros da Casa de PIRE ficaram sendo Pires, com a incorporação do apóstrofo ao nome da família.

Depois de se fixaram na região de Trás-os-Montes, no ano de 1.180, diversos Pires se consolidaram em Lisboa, onde Dom IGNÁCIO PIRES gerou uma nobre família, destacando-se o primogênito Dom VASCO FRANCISCO PIRES – Capitão das Chaves da Torre de Belém, Alcaide-Mor do Castelo de Lisboa, Fidalgo da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo e Oficial da Torre e Espanha. 



Compilação de Reginaldo Miranda
Historiador local membro da APL - PI BR.

*(Leia mais sobre a fantástica origem remota dos Pires ou Peres, na Espanha, em nosso link dedicado, com compilação de Osmar Pires Martins Jr., de Goiás). 
Eles tiveram os seguintes filhos:
+ 2F i.13-Anna Pires de Medeiros faleceu em 1668, que segue,

3 F ii. Catharina de Medeiros.

4 F iii. Maria Pires.

5 M iv. João Pires.

6 F v. Izabel Fernandes.

7 M vi. Salvador Pires de Medeiros.

8 F vii. Custódia Fernandes.

9 M viii. Antonio Pires.

Segunda Geração

2. 13-Anna Pires de Medeiros (14-Salvador Pires) faleceu em 1668. Cap. 7.º Anna Pires de Medeiros, falecida em 1668 com testamento em S. Paulo, (diz Taques) casou-se em 1620 com Francisco de Siqueira, natural de Vianna do Castelo da Vila de Caminha, Pt.
Obs. de SL: Este português Francisco de Siqueira, segundo se vê de uns autos de dispensa de parentesco de afinidade requeridos por Manoel Garcia, viúvo de Anna Pires n.o 3-3 adiante, para casar-se com Helena Rodrigues f.a de Sebastião Gil, o moço, neta de Sebastião Gil, o velho, era irmão deste último; pelo que o parentesco foi classificado no 3.º grau de direito canônico. É verdade que entre a dita Anna Pires e Helena Rodrigues havia parentesco de consanguinidade no 3.º grau por outra linha; pois que Helena Dias, mãe de Anna Pires, era f.a de Francisco Dias e de Custodia Gonçalves, e n. p. do leigo jesuíta Pedro Dias (Parente) e de Antonia Gomes da Silva, como se vê no 1.º seguinte; e Feliciana Dias, avó paterna de Helena Rodrigues, era irmã de Francisco Dias, e f.ª também do mesmo leigo jesuíta Pedro Dias e de Antonia Gomes como se vê em Tit. Dias. Entretanto não foi este o parentesco alegado como  impedimento e sim o 1.º mencionado. Esta relação de parentesco entre Francisco de Siqueira, o velho, e Sebastião Gil, o velho, justifica o apelido de Siqueira tomado pelos descendentes deste último. Anna Pires teve de Francisco Siqueira 5 f.ºs:

1-1 Francisco Pires de Siqueira 1.o
1-2 Antonio de Siqueira 2.o
1-3 Mecia de Siqueira 3.o que segue,
1-4 Maria de Siqueira 4.o
1-5 Anna Maria de Siqueira 5.o

13-Anna casou-se com 13-Francisco de Siqueira. 13-Francisco nasceu em Caminha, Viana do Castelo Pt. Eles tiveram os seguintes filhos:

+ 10   F i. 12-Mécia de Siqueira faleceu em 1648. 

+ 11 M ii. Francisco Pires de Siqueira faleceu em 1671 (pai do Apuçá, abaixo)

12     M  iii. Antonio de Siqueira.

13      F  iv. Maria de Siqueira.

14       F  v. Anna Maria de Siqueira.


Terceira Geração

10. 12-Mécia de Siqueira (13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em São Paulo SP. Ela faleceu em 1648 em São Paulo SP. 3.º 1-3 Mecia de Siqueira, † em 1648 em S. Paulo, foi casada com Pedro Vidal, natural de S. Paulo, f.º de Alonso Peres Calhamares, natural de Castela, e de Maria Affonso. V. 1.º pág. 12. Teve (C. O. S. Paulo) 8 f.ºs:
2-1 Maria Vidal
2-2 Joanna de Siqueira
2-3 Maria de Siqueira
2-4 Alonso Peres Vidal de Siqueira
2-5 João Vidal
2-6 Pedro Vidal
2-7 Francisco de Siqueira
2-8 Manoel de Siqueira

12-Mécia casou-se com 12-Pedro Vidal, filho de 13-Alonso Peres Calhamares O Velho e 13-Maria Affonso. 12-Pedro nasceu em São Paulo SP. Eles tiveram os seguintes filhos:

+ 15F i.11-Maria Vidal faleceu em 1687, que segue,

16 F ii. Maria de Siqueira de Camargo.

17 F iii. Joanna de Siqueira.

18 M iv. Alonso Peres Vidal de Siqueira.

19 M v. João Vidal.

20 M vi. Pedro Vidal.

21 M vii. Francisco de Siqueira.

22 M viii. Manoel de Siqueira. 


Ramo colateral do Apuçá  

11. Francisco Pires de Siqueira, pai do Apuçá (13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) foi crismado em S. Paulo. Ele faleceu em 1671. Francisco casou-se com Helena Dias, filha de Francisco Dias e Custódia Gonçalves, em 1640 em S. Paulo. Eles tiveram os seguintes filhos:

+ 23M i. Cap. Mor Francisco Pires de Siqueira O Apuçá, personagem central desta crônica.

23. Cap. Mor Francisco Dias de Siqueira (Francisco Pires de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires).
A seu respeito escreveu Pedro Taques: Este paulista penetrou com sua tropa o sertão em 1692 ate a cidade do Maranhão, e nas aldeias dos índios católicos daquele Estado fez varias extorsões, cujos impulsos se não atreveu a castigar o governador e deles deu conta ao rei D. Pedro II (de Portugal). Segundo o mesmo Pedro Taques, o capitão mor Francisco Dias iludiu o governador Antonio de Albuquerque Coelho de Carvalho, insinuando que levava ordens do seu governador para fazer a comunicação com esse sertão; pelo que recebeu do referido governador  mantimentos e munições. Chegados estes fatos ao conhecimento do rei,  ordenou ele que fosse infligido severo castigo ao dito capitao-mór afim de servir de exemplo aos que pretendessem cometer iguais insultos.

(I) SL: Betimk, escreveu Pedro Taques; nós escrevemos Betting (mediante amostra de assinatura de Geraldo Betting tronco  desta familia).
Foi Francisco Dias de Siqueira, por muitos anos, o mais antigo colonizador do Piauí, aonde chegara no verão de 1662, como um dos líderes de uma bandeira paulista que devassou a bacia do Poti, fundando um arraial com o nome de Santa Catarina, que deu origem à cidade de Valença do Piauí, e onde permaneceu por longos anos.
Inscrições Rupestres de Valença - Piauí
Era ele natural da vila de São Paulo, onde nascera provavelmente no ano de 1641, filho primogênito de Francisco Pires de Siqueira, cidadão de São Paulo, onde ocupou importantes cargos públicos, falecido com testamento em 8 de abril de 1671 e de sua esposa Helena Dias (f. 1669), com quem casara na Matriz de São Paulo, em 6 de Fevereiro de 1640; era neto paterno do português Francisco de Siqueira, natural da  de Vianna do Castelo, Vila de Caminha e de sua esposa também paulistana, Anna Pires de Medeiros, falecida em São Paulo, com testamento, em 4 de maio de 1668; neto materno do casal paulista Custódia Gonçalves e Francisco Dias, este filho de Pedro Dias, que foi jesuíta leigo, e de sua segunda esposa, Antônia Gomes da Silva, natural de Braga, em Portugal. Francisco Dias de Siqueira possuía duas irmãs, Ana Maria de Siqueira e Ana Pires (LEME, Pedro Taques de Almeida Paes. Nobiliarquia Paulistana. São Paulo USP, 1980).   


Desde cedo Francisco Dias de Siqueira, abraçou o mesmo sonho de seu conterrâneo paulista Domingos Jorge Velho, ingressando ambos nas mesmas bandeiras e, mais tarde, seja por morte do capitão de uma delas, seja por vontade própria, se fizeram líderes de uma partida de paulistas, trilhando os íngremes sertões, até atingirem a bacia do Poti, (Potingh, rio dos Camarões), nos Sertões de Dentro. Ali esses bandeirantes fundaram o poderoso arraial que já mencionava a origem de seus moradores, o “Arraial dos Paulistas”. O maior rio desse território, que antes possuía os nomes indígenas de Pará, Paraguaçu ou Punaré, sendo também chamado por europeus, que o desconheciam, de Rio Grande dos Tapuias, foi por esses bandeirantes denominado Parnaíba, em homenagem à Vila de Santana de Parnaíba* SP (*corredeiras do Rio Tietê), origem paulista de Domingos Jorge Velho.   

Francisco Dias de Siqueira e seu sócio Domingos Jorge Velho, viveram por largos anos caçando índios para vende-los como escravos na faixa litorânea de Pernambuco e Bahia. Parece porém que com o tempo, foram se separando, atuando Jorge Velho em direção aos sertões do Leste, Poti, Longá, Ibiapaba e nas extensas áreas da Paraíba e Pernambuco, ao passo que Dias de Siqueira passou a atuar no Piauí e Maranhão (Oeste), inclusive nos sertões de Parnaguá, onde depois de alguma luta e despesa conseguiu fazer as pazes com as nações Guacupês e Ananás, abrindo, assim, a possibilidade de comunicação entre S. Luís do Maranhão e a Bahia. Em face desse e de outros serviços úteis à Coroa, por ele praticados nos últimos quatorze anos em que atuara no território piauiense, durante o verão de 1676 foi pedir favores na Bahia. Então, a Junta Trina de Governo Provisório do Estado do Brasil, com sede na Bahia, antevendo a possibilidade do descobrimento de minas auríferas, inclusive da lendária "lagoa dourada", além da implantação de fazendas no novo território, louva seu feito pelas “grandes utilidades que se podiam seguir ao serviço de Deus, na redução daquelas almas, e no de Sua Alteza, na comunicação dos Estados do Maranhão e Brasil”. E, por essa razão, a 1º de fevereiro de 1677, concede-lhe a patente de capitão-mor e administrador dos índios, cuja amizade conquistara. Juntamente, conseguiu as patentes de capitão de infantaria da ordenança para seus imediatos João Costa e Francisco Dias Peres, além de três arrobas de pólvora e oito de balas.   

Por esse tempo, Francisco Dias de Siqueira se destacava pelos inumeráveis serviços prestados à Coroa nos Sertões de Dentro, tendo, inclusive, feito incursões pelo vale do rio Tocantins, em perseguição a indígenas. Esses feitos de repercussão surpreenderam o governo do Maranhão, que em represália, promoveu as entradas de Afonso Rui (1676) e Vital Maciel Parente (1679), ambas de quase nenhum resultado prático.   

Prosseguindo nessa atividade incessante, Francisco Dias de Siqueira, conhecido entre os seus por “Apuçá”, que significa “surdo”, na língua tupi, foi nomeado pelas autoridades baianas, em 1692, como imediato de João Raposo Bocardo para, no Ceará, Rio Grande e adjacências, buscar pérolas, prata e outros minerais. Contudo, porque Bocardo desaparecera, será esse “legítimo piratiningano da era seiscentista”, sempre incansável, quem vai executar aquela incumbência, sem muito proveito. Porém, mais tarde, já desiludido dessa missão, retorna por S. Luís do Maranhão, onde obtém munições e mantimentos do governador Antônio Albuquerque Coelho de Carvalho, para reprimir índios de corso e abrir caminho para a Bahia. Todavia, não demora a ser denunciado por extorsão a fazendeiros e índios catequizados. De outra feita, já havia prestado serviços ao governo do Maranhão, no frustrado combate aos Caiscaís.

Há registro do padre Miguel de Carvalho, de que o capitão-mor Francisco Dias de Siqueira (primitivamente) residia num arraial de tapuias, com os quais fazia entrada ao gentio bravo, possuindo algumas plantações de mandioca, arroz, milho, feijão, batatas e bananeiras voltados para o próprio sustento. Era o mencionado “Arraial dos Paulistas”, a única povoação existente no Piauí, naquele tempo. Em 11 de Fevereiro de 1697 esteve presente na fazenda Tranqueira (ou Tronqueira), residência de Antônio Soares Touquia, na reunião que elegeu o lugar para a construção da nova matriz do Piauí, hoje cidade de Oeiras. Odilon Nunes se refere à sua presença nessa reunião como sendo “provavelmente o mais antigo morador do Piauí e o homem mais poderoso daquelas redondezas” (Pesquisas... p. 60).
  
Algum tempo depois, durante o governo de D. João de Lencastre, são remetidos alguns paulistas do S. Francisco para subjugarem os índios rebeldes do Maranhão, a pedido de seu governo e sob autorização do Conselho Ultramarino. Entre eles, mais uma vez parte Francisco Dias de Siqueira, ajudado por João Pires de Brito e Amaro Velho, no combate ao ameríndio.   

Depois dessa entrada, já sexagenário, retira-se para a Bahia, onde falece, deixando rico cabedal, viúva e uma única filha: Joana Corrêa de Siqueira, natural de São Paulo, que fora casada com Garcia Rodrigues Paes Betim, falecido em 1719, em Pitangui, deixando quatro filhos. A esposa de Francisco Dias de Siqueira, também era chamada Joana Corrêa (A Moça), falecida 20 de abril de 1714, natural da vila de Santos, filha de Simão Rodrigues Henriques (f. 1656) e de Joana Corrêa (A Velha), natural da Bahia.   

É provável que o óbito do capitão-mor Francisco Dias de Siqueira, na Bahia, tenha se dado antes de 1704, porque em Dezembro desse ano, quando Jerônima Cardim Fróis, viúva de Domingos Jorge Velho, e mais treze signatários, requerem, em forma de extensa sesmaria, as terras da bacia do Poti, não firma ele o requerimento. Também, na exposição de motivos que justificam o direito dos signatários não há referência ao seu trabalho no lugar – testemunhado pelo padre Miguel de Carvalho –, forte indício de que se indispusera com o antigo companheiro Domingos Jorge Velho, dividindo a liderança e a tropa dos paulistas. Assim pensamos porque, mesmo falecido, seus atos de posse poderiam reforçar o pleito dos requerentes, embora gerassem direitos à viúva e a herdeira única, que retornaram para São Paulo, depois do óbito do patriarca da família.   

Enfim, foi esse paulista o principal devassador do sul do Piauí, com larga folha de serviços prestados à Coroa Lusitana, tendo chegado ainda no alvorecer da juventude e permanecido até às vizinhanças da morte. Seus feitos não foram devidamente reconhecidos, embora maiores do que o de outros que figuram com maior grandeza nas páginas de nossa história.

Francisco Dias de Siqueira O Apuçá casou-se com Joanna Corrêa A Moça, filha de Simão Rodrigues Henriques e Joanna Corrêa A Velha. Joanna nasceu em Santos SP. Ela faleceu em 1714 em S. Paulo. Eles tiveram os seguintes filhos:

28 F i. Joanna Corrêa Neta (ou, de Siqueira). Joanna casou-se com Garcia Rodrigues Paes Betim, filho de João Paes Rodrigues e Anna Maria Rodrigues Garcia. Garcia faleceu em 1719 em Pitanguy MG. 
Inventários e Testamentos não publicados
Pesq.: Fabricio Gerin/Bartyra Sette
Joana Correa era filha de Gaspar Soares e Ignez de Azevedo, natural da cidade da Bahia onde casou com Simão Rodrigues (Henriques). Joana testou em Outubro de 1668, faleceu no mesmo mês e foi inventariada aos quatro do mês seguinte na vila de S. Paulo. Declarou seis filhos de seu casal:
Departamento do Arquivo do Estado de São Paulo
Inventariada Joana Correa
Autos aos 04-11-1668 nesta vila de S. Paulo em casas em que morava a defunta Joana Correa.
Declarante Izabel Henriques, filha da dita defunta.
Titulo dos Filhos: Maria Henriques, viuva, Izabel Henriques = Joana Correa, viuva = Antonia Correa cc Francisco Correa = Catarina de Faria - Francisco Correa cc Ignez Dias da Silva.
Testamento aos - de Outubro de 1668 eu Joana Correa (...).
Testamenteiros Manoel da Silva de Vasconcellos e Andre de Barros.
Sou natural da cidade da Bahia, f.l. Gaspar Soares e Ignez de Azevedo, onde ----- com Simão Rodrigues, do qual tive seis filhos, um macho por nome Francisco Correa e cinco femeas Maria Henriques = Izabel Henriques = Joana Correa = Antonia Correa = e Catarina de Faria. Minha filha Maria Henriques cc ----------.
Minha filha Joana Correa se casou com o defunto Manoel Alvares Preto, Minha filha Antonia Correa se com casou Francisco Correa.
Cumpra-se 30-10-1668
Quinhão de Francisco Correa de Figueiredo.
Quinhão de Francisco Correa de Azevedo
1- Francisco Correa de Azevedo casado com Ignez Dias da Silva.
2- Maria Henriques foi casada com Capitão Gaspar Correa, filho do Provedor da Fazenda Real Sebastião Fernandes Correa e ......
3- Izabel Henriques.
4- Joana Correa em 1668 era viúva de Manoel Alvares Preto. Segundo SL 2, 42, 2-1 Joana casou com Cap. Mor Francisco Dias de Siqueira, com geração.
5- Antonia Correa casada com Francisco Correa de Figueiredo
6- Catarina de Faria.

Quarta Geração

15. 11-Maria Vidal (12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em São Paulo SP. Ela faleceu em 1687 em São Paulo SP. 2-1 Maria Vidal, † em 1687 em S. Paulo com testamento, foi 1.º casada em 1638 em S. Paulo com Francisco Baldaya f.º de Miguel Sobrinho e de Maria da Veiga; 2.ª vez casou com Pedro Casado Vilas Boas f.º de João Fernandes Casado e de Catharina Gonçalves Vilas Boas. Teve:

Do 1.º marido:
3-1 Salvador Baldaya † solteiro
3-2 Margarida
3-3 Francisco Baldaya que foi casado com Izabel Tavares da Silva.
3-4 Anna Maria de Siqueira, f.ª de 2-1, foi casada com João de Siqueira Ferrão, natural de Portugal, e foram moradores na Conceição dos Guarulhos em suas culturas com muitos índios de sua administração. Faleceu João de Siqueira Ferrão em 1725 e teve (C. O. S. Paulo).

11-Maria casou-se com 11-Francisco Baldaya, filho de 12-Miguel Sobrinho e 12-Maria da Veiga. Eles tiveram os seguintes filhos:

+ 24F i.10-Anna Maria de Siqueira, que segue

25 M ii. Salvador Baldaya +solteiro.

26 F iii. Margarida.

27 M iv. Francisco Baldaya.


Quinta Geração
24. 10-Anna Maria de Siqueira (11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires). 3-4 Anna Maria de Siqueira, f.ª de 2-1, foi casada com João de Siqueira Ferrão, natural de Portugal, e foram moradores na Conceição dos Guarulhos em suas culturas com muitos índios de sua administração. Faleceu João de Siqueira Ferrão em 1725 e teve (C. O. S. Paulo) os 5 f.ºs seguintes:

4-1 Capitão Ignacio de Siqueira Ferrão, que segue,

4-2 Maria de Siqueira
4-3 Luisa de Siqueira Sobrinha
4-4 Joanna de Siqueira
4-5 Maria de Siqueira

10-Anna casou-se com 10-João de Siqueira Ferrão. 10-João nasceu em Portugal. Ele faleceu em 1725 em Guarulhos SP. Eles tiveram os seguintes filhos:

+ 29M i. 9-Ignacio de Siqueira Ferrão faleceu em 1748, que segue,

30 F ii. Maria de Siqueira.

31 F iii. Luisa de Siqueira Sobrinha.

32 F iv. Joanna de Siqueira.


Sexta Geração
29. 9-Ignacio de Siqueira Ferrão (10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em Atibaia SP. Ele faleceu em 1748 em Atibaia SP.

4-1 Capitão Ignacio de Siqueira Ferrão, † em 1748 e sepultado na matriz de Atibaia, foi 1.º casado com Catharina Pereira, viúva de José Peres Calhamares, f.ª de João Pereira de Avellar e de Maria Leme do Prado em Tit. Prados Cap. 6.º 1.º, 2-4, 3-5; 2.ª vez casou com Catharina Franco do Prado, viúva do coronel Antonio da Rocha Pimentel, f.ª do capitão Lourenço Franco Viegas e de Izabel da Costa Santa Maria. Tit. Lemes Cap. 1.º 9.º. Teve (C. O. S. Paulo):

Da 1.ª mulher:
5-1 João (mudo)
5-2 Joanna (muda)
5-3 Maria, já † no ano do inventário

Da 2.ª o f.º único:
5-4 Lucas de Siqueira Franco, o 1.º capitão mor de Atibaia, batizado em 1710 nessa vila, casou com Izabel da Silveira e Camargo f.ª do capitão Francisco de Camargo Pimentel e de Izabel da Silveira Cardoso. V. 1.º pág. 345. 

9-Ignacio casou-se com 9-Catharina Franco do Prado, filha de 10-Lourenço Franco Viegas e 10-Izabel da Costa Sta. Maria. Eles tiveram os seguintes filhos:

+ 33M i. Capitão Mor 8-Lucas de Siqueira Franco nasceu em 1710.


Sétima Geração

33. Capitão Mor 8-Lucas de Siqueira Franco (9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em 1710 em Atibaia SP.

5-4 Lucas de Siqueira Franco, o 1.º capitão-mor de Atibaia, batizado em 1710 nessa vila, casou com Izabel da Silveira e Camargo f.ª do capitão Francisco de Camargo Pimentel e de Izabel da Silveira Cardoso. V. 1.º pág. 345. Teve os 13 f.ºs seguintes:

6-1 Ignacio de Siqueira Pimentel
6-2 João de Siqueira Pimentel
6-3 Antonio de Siqueira Franco
6-4 Francisco da Silveira Franco
6-5 Lucas da Silveira Franco
6-6 Joaquim de Siqueira Franco
6-7 Anna Franco Cardoso
6-8 José de Siqueira Franco
6-9 Escholastica Franco
6-10 Maria Gertrudes Franco
6-11 Messia de Siqueira
6-12 Gertrudes Franco
6-13 Antonia Franco

8-Lucas casou-se com 8-Izabel da Silveira Cardoso, filha de 9-Francisco de Camargo Pimentel e 9-Isabel da Silveira Cardoso. 8-Izabel nasceu em Atibaia SP. 2-2 Izabel da Silveira e Camargo, f.ª de Francisco de Camargo Pimentel (3º) e de Izabel da Silveira Cardoso, foi casada com o 1.º capitão-mor de Atibaia, Lucas de Siqueira Franco, f.º do capitão Ignacio de Siqueira Ferrão e de sua 2.ª mulher Catharina Franco do Prado, n. p. de João de Siqueira Ferrão (de Portugal) e de Anna Maria de Siqueira, n. m. do capitão Lourenço Franco Viegas (natural de Portugal) e de Izabel da Costa Santa Maria. Com geração em Tit. Pires Cap. 7.º 3.º, 2-1. 3-4, 4-1, 5-4.

8-Lucas e 8-Izabel tiveram os seguintes filhos:

+ 34  M i.Capitão 7- Joaquim de Siqueira Franco que segue,

+35M ii. 7-Francisco da Silveira Franco.

36 M iii. Ignácio de Siqueira Pimentel.

37 M iv. João de Siqueira Pimentel.

38 M v. Antonio de Siqueira Franco.

39 M vi. Lucas da Silveira Franco.

40 F vii. Anna Franco Cardoso.

41 M viii. José de Siqueira Franco.

42 F ix. Escholastica Franco.

43 F x. Maria Gertrudes Franco.

44 F xi. Messia de Siqueira.

45 F xii. Gertrudes Franco.

46 F xiii. Antonia Franco.


Oitava Geração

34. Capitão 7- Joaquim de Siqueira Franco (8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em Juqueri Mairiporã SP.

6-6 Joaquim de Siqueira Franco, f.º do 1.º capitão-mor Lucas n.º 5-4 de pág. 48, casou em 1775 em Parnaíba com Gertrudes Francisca Pedroso f.ª de Lourenço Franco da Rocha e de Francisca Margarida. V. 1.º pág. 517. Teve q. d.:

7-1 Francisca de Paula Pedroso, batizada em 1776 em Atibaia, aí casou em 1801 com Felisberto Franco de Camargo f.º de Lourenço Franco de Camargo e de Anna Franco da Cunha. Com geração no V. 1.º pág. 336.

7-2 Joaquina Pedroso da Silveira casou com Salvador do Nascimento Franco f.º do capitão Crispim da Silva Franco e 2.ª mulher Gertrudes Alvares. Com geração em Tit. Lemes Cap. 1.º 9.º, neste V. 2.º.

7-3 Lucas, batizado em 1780 em Atibaia.

7-4 Helena Francisca Cardoso casou em 1801 em Atibaia com Estevão Soares da Rocha, viúvo de Gertrudes Maria das Neves, f.º do tenente José de Godoy Moreira e 2.ª mulher Anna Soares de Siqueira. Com geração, em Tit. Godoys Cap. 1.º 8.º, 2-3, 3-1, 4-8.

7-5 Maria, batizada em 1785 em Atibaia.

7-6 Escholastica, batizada em 1787 em Atibaia.

7-7 Bento José da Silveira casou em 1833 no Belém (hoje Itatiba) com Gertrudes Franco Isbella f.ª do alferes Manoel Joaquim Leite e de Anna Pires Pimentel. V. 1.º pág. 301. 

7-8 Antonio Luiz da Rocha, batizado em 1791 em Atibaia, aí casou em 1813 com Anna Cardoso de Campos f.ª do capitão-mor de Atibaia Lucas de Siqueira Franco e de Anna Gabriella de Campos e Vasconcellos, à pág. 56 deste. 

7-9 Joaquim Antonio da Silveira, f.º de Joaquim de Siqueira Franco n.º 6-6, batizado em 1798 em Atibaia, aí casou em 1820 com Francisca Romana f.ª do alferes Jacintho José de Araujo Cintra e de Maria Francisca Cardoso. Com geração, em Tit. Lemes Cap. 5.º 5.º n.º 2-8, 3-2, 4-1.

7-10 Antonio Manoel Silveira, f.º de 6-6, casou em 1815 em Atibaia com Maria Francisca f.ª de Francisco Soares de Lima e de Maria Cardoso de Oliveira. Tit. Pretos. 

7-11 José da Silveira Franco, batizado em 1798 em Atibaia, aí casou em 1824 com Delphina Theresa Leite f.ª do capitão Antonio de Padua Leite e de Bernardina Franco da Silveira. Com geração, em Tit. Lemes.

7-12 Anna Francisca Pedroso casou em 1820 em Atibaia com Manoel Antonio Soares

7-13 João Baptista da Silveira casou em 1826 em Atibaia com Gertrudes Maria de Godoy f.ª do sargento Marcellino de Godoy Bueno e de Maria Gabriella da Silva.

7-14(?) Joaquim de Siqueira Franco(?) casou-se com 7-Gertrudes Francisca Pedroso, filha de 8-Cap. Lourenço Franco da Rocha e 8-Francisca Margarida Pedroso. 7-Gertrudes nasceu em Santana de Parnaíba SP.

4-2 Gertrudes Francisca Pedroso casou em 1775 em Parnaíba com Joaquim de Siqueira Franco, irmão de Francisco da Silveira do n.º 4-1 supra. Com geração em Pires supra citado 7- e 7-Gertrudes tiveram os seguintes filhos:

+47  F i. 6-Francisca de Paula Pedroso.

48   F ii. Joaquina Pedroso da Silveira. 

7-2 Joaquina Pedroso da Silveira casou com Salvador do Nascimento Franco f.º do capitão Crispim da Silva Franco e 2.ª mulher Gertrudes Alvares. Com geração em Tit. Lemes Cap. 1.º 9.º, neste V. 2.º.

49 M iii. Lucas. 7-3 Lucas, batizado em 1780 em Atibaia.

50  F   iv. Helena Francisca Cardoso. 7-4 Helena Francisca Cardoso casou em 1801 em Atibaia com Estevão Soares da Rocha, viúvo de Gertrudes Maria das Neves, f.ð do tenente José de Godoy Moreira e 2.ª mulher Anna Soares de Siqueira. Com geração, em Tit. Godoys Cap. 1.º 8.º, 2-3, 3-1, 4-8.

51  F   v. Maria. 7-5 Maria, batizada em 1785 em Atibaia.

52 F vi. Escholastica. 7-6 Escholastica, batizada em 1787 em Atibaia

53 M vii. Bento José da Silveira. 7-7 Bento José da Silveira casou em 1833 no Belém (hoje Itatiba) com Gertrudes Franco Isbella f.ª do alferes Manoel Joaquim Leite e de Anna Pires Pimentel. V. 1.º pág. 301.

54 M viii. Antonio Luiz da Rocha. 7-8 Antonio Luiz da Rocha, batizado em 1791 em Atibaia, aí casou em 1813 com Anna Cardoso de Campos f.ª do último(?) capitão-mor de Atibaia Lucas de Siqueira Franco e de Anna Gabriella de Campos e Vasconcellos, à pág. 56 deste. 

55 M ix. Joaquim Antonio da Silveira. 7-9 Joaquim Antonio da Silveira, f.º de Joaquim de Siqueira Franco n.º 6-6, batizado em 1798 em Atibaia, aí casou em 1820 com Francisca Romana f.ª do alferes Jacintho José de Araujo Cintra e de Maria Francisca Cardoso. Com geração, em Tit. Lemes Cap. 5.º 5.º n.º 2-8, 3-2, 4-1.

56 M x. Antonio Manoel Silveira. 7-10 Antonio Manoel Silveira, f.º de 6-6, casou em 1815 em Atibaia com Maria Francisca f.ª de Francisco Soares de Lima e de Maria Cardoso de Oliveira. Tit. Pretos. 

57 M xi. José da Silveira Franco. 7-11 José da Silveira Franco, batizado em 1798 em Atibaia, aí casou em 1824 com Delphina Theresa Leite f.ª do capitão Antonio de Padua Leite e de Bernardina Franco da Silveira. Com geração, em Tit. Lemes.

58 F xii. Anna Francisca Pedroso. 7-12 Anna Francisca Pedroso casou em 1820 em Atibaia com Manoel Antonio Soares.
 
59 M xiii. João Baptista da Silveira. 7-13 João Baptista da Silveira casou em 1826 em Atibaia com Gertrudes Maria de Godoy f.ª do sargento Marcellino de Godoy Bueno e de Maria Gabriella da Silva.

35. 7-Francisco da Silveira Franco (8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires).

6-4 Francisco da Silveira Franco, segundo capitão-mor da vila de S. João de Atibaia(1), casou-se na vila de Santa Anna de Parnaíba em 1766 com Maria Cardoso de Oliveira filha de Lourenço Franco da Rocha, natural de Atibaia e morador na vila de Parnaíba, e de Francisca Margarida Pedroso; neta paterna do capitão Bartholomeu da Rocha Pimentel e de Ursula Franco de Oliveira, V. 1.º pág. 517, n. m. de Gaspar Vaz da Cunha e de Maria Pedroso. Tit. Cunhas Gagos. 

Curiosidade: O capitão-mor de Atibaia Francisco da Silveira Franco era parente de sua mulher Maria Cardoso no 4.º grau de consanguinidade, pois que eram bisnetos de dois irmãos, a saber: o capitão-mor Francisco da Silveira bisneto do capitão Lourenço Franco Viegas (tronco), e Maria Cardoso bisneta de João Franco Viegas (tronco) (ambos lusitanos).

(1) Prestou juramento em 11 de julho de 1783 em S. Paulo nas mãos do governador, capitão-general da capitania Francisco da Cunha Menezes. Teve:
7-1 José
7-2 Alferes Lourenço Franco da Rocha
7-3 Maria Francisca Cardoso
7-4Capitão Mor Lucas de Siqueira Franco
7-5 Anna Francisca Cardoso
7-6 Alferes Antonio da Silveira Cardoso
7-7 Theodoro José da Silveira
7-8 Francisco da Silveira Franco
7-9 João Baptista da Silveira
7-10 Jacintha Antonia da Silveira
7-11Ajudante Felisberto José da Silveira
7-12 Ajudante (mais tarde capitão) Ignacio Caetano da Silveira

De Lourenço Franco da Rocha e de Francisca Margarida Pedroso supra descendem também os Francos de Andrade, de Campinas, e os Francos Barbosas de Sorocaba, como se vê em Tit. Cubas e Tit. Pedrosos Barros. Faleceu o capitão-mor Francisco da Silveira Franco em 1801 em Atibaia com 58 anos de idade e sua mulher Maria Cardoso em 1825 na mesma vila.

7-Francisco casou-se com 7-Maria Cardoso de Oliveira em 1766 em Santana de Parnaíba SP. Eles tiveram os seguintes filhos:

60 M i. 6-Alf. Lourenço Franco da Rocha Neto foi crismado em 1769 em Atibaia SP.  

7-2 Alferes Lourenço Franco da Rocha, mais tarde capitão, foi batizado em 1769 em Atibaia e aí casou-se em 1789 com Rita de Cássia de Moraes, irmã do alferes Jacintho, de Atibaia, filhos do capitão Francisco Lourenço Cintra, natural de Estombar, no Algarve, reino de Portugal, e de Helena de Moraes, natural de Pitangui, Minas Gerais. Teve 17 filhos que são:

     8-1 Antonio Luiz da Rocha, batizado em 1790 que se casou em 1817 em Atibaia com sua prima Maria Angelica Bueno, filha de Antonio Pereira de Moraes e de Gertrudes Antonia Bueno, n. p. de Sebastião Cubas Pereira e de Helena Leite de Moraes, n. m. de
Bartholomeu Bueno e de Narciza Bueno. Tit. Moraes. 

     8-2 Leonor f.ª do n.º 7-2 faleceu em menoridade.

    8-3 Anna Theresa da Conceição, batizada em 1793 em Atibaia, aí casou-se com João José da Silveira, seu parente, f.º do alferes Francisco Alves Cardoso e de Anna Franco Cardoso,com geração no V. 1º pg. 490. Pg. 52.

        8-4 Francisco, faleceu em menoridade.

    8-5 Maria Lourença de Moraes, batizada em 1796, casou-se em 1814 em Atibaia com o alferes Joaquim Franco de Camargo, viúvo de Maria Rosa de Oliveira, f.º do capitão Ignacio Franco de Camargo e de sua 1.ª mulher Gertrudes Pires de Godoy Teve grande geração descrita em Tit. Lemes Cap. 1.º 9.º, neste V. 2.º.

    8-6 Helena Franco da Silveira, batizada em 1791 em Atibaia, casou-se em 1820 nessa vila com o professor Ignacio Ubaldino de Abreu. 

        8-7 José Lourenço da Silveira, f.º do alferes Lourenço Franco da Rocha n.º 7-2, foi
batizado em 1799 em Atibaia, e casou-se com Mathilde Franco f.ª do alferes Joaquim Franco de Camargo e de sua 1.ª mulher Maria Rosa de Oliveira. Teve f.º único:
                   9-1 Candido.

         8-8 Francisco, faleceu em menoridade

        8-9 João da Silveira Franco, batizado em 1801, casou-se em 1824 em Atibaia com Maria Theresa Cardoso filha de José Bueno do Amaral e de Brigida Maria Cardoso. V. 1º pág. 465 (5). 

      8-10 Gertrudes Francisca Cardoso, f.ª do alferes Lourenço Franco n.º 7-2, batizada em 1803 em Atibaia, aí casou-se em 1820 com João Franco de Camargo, irmão do alferes Joaquim Franco do n.º 8-5 supra, filhos do capitão Ignacio Franco de Camargo e 1.ª mulher Gertrudes Pires de Godoy. Tit. Lemes Cap. 1.º 9.º, neste V. 2.º. Teve duas filhas:
                9-1 Mathilde que foi casada com seu parente José da Silveira Franco f.º do alferes Joaquim Franco de Camargo e de sua 2.® mulher Maria Lourença n.º 8-5 supra.
                    9-2 ....

      8-11 Delphina Franco de Moraes, † em 1847 na Limeira, filha de 7-2, foi batizada em 1804 em Atibaia e aí casou-se em 1819 com seu parente Ignacio de Loyola Cintra f.º de outro de igual nome (irmão de Rita de Cassia e do alferes Jacintho mencionados no n.º 7-2 supra) e de Anna Francisca Cardoso. Com geração em Tit. Lemes Cap. 5.º 5.º, 2-8, neste V. 2.º; aí a geração.

      8-12 Rita Maria da Silveira, f.ª de 7-2, casou-se 1.º em 1822 em Atibaia com Joaquim Pires de Camargo f.º de João Pires Pimentel e de Maria Antonia, com geração descrita no V. 1.º pág. 401, e 2.ª vez com Theodoro de Andrade de Toledo. 

     8-13 Maria do Carmo casou-se com Antonio da Silveira Franco filho do capitão Crispim da Silva Franco e de sua 3.ª mulher Gertrudes Franco. Tit. Lemes Cap. 1.º 9.º neste V. 2.º e são pais de:
                9-1 Candido da Silveira Franco casado com sua prima Benedicta Franco f.ª de 8-11 supra.

       8-14 Francisco Antonio da Silveira, f.ð do alferes Lourenço Franco n.º 7-2, casou-se com Maria Julia (vai na duvida este nome). 

       8-15 Lourenço Franco da Silveira, f.º do alferes Lourenço Franco n.º 7-2, casou-se com Rita... (com geração).

      8-16 Jacintho Francisco da Silveira casou-se com Anna Clara (com geração).

       8-17 Antonio Faleceu em menoridade. 

6-Alferes casou-se com 6-Rita de Cássia de Moraes, filha de Capitão Francisco Lourenço Cintra e Helena de Moraes.

 Nona Geração
47. 6-Francisca de Paula Pedroso (7- Joaquim de Siqueira Franco, 8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires).

7-1 Francisca de Paula Pedroso, batizada em 1776 em Atibaia, aí casou em 1801 com Felisberto Franco de Camargo f.º de Lourenço Franco de Camargo e de Anna Franco da Cunha. Com geração no V. 1.º pág. 336.

6-Francisca casou-se com 6-Felisberto Franco de Camargo, filho de 7-Lourenço Franco de Camargo e 7-Anna Franco da Cunha, 28 SET1801 em Atibaia SP BR. 6-Felisberto nasceu em Atibaia SP BR. 
(na GPSL estava com nome grafado de "Felisberto da Cunha Franco", o quê corrigimos pelo assentamento de casamento original da igreja, como Felisberto Franco de Camargo).
4-1 Felisberto  Franco de Camargo casado em 1801 em Atibaia com Francisca de Paula Pedroso f.ª de Joaquim de Siqueira Franco e de Gertrudes Francisca Pedroso. (Parentes no 3.º grau de consangüinidade). Teve 2 f.ºs:

              5-1 Lourenço Franco

      5-2 José Caetano Franco de Camargo casado em 1824 em Atibaia com Maria Joaquina de Godoy f.ª de José Joaquim de Godoy e de Anna Maria Franco, n. p. de José Simões Salgado e de Joanna de Lima, n. m. de José Franco de Godoy e de Gertrudes Franco Furquim. Tit. Pretos.

6-Felisberto e 6-Francisca tiveram os seguintes filhos:

+ 61M i. 5-José Caetano Franco de Camargo.

    62  M  ii.  Lourenço Franco.


Décima Geração

61. 5-José Caetano Franco de Camargo (6-Francisca de Paula Pedroso, 7- Joaquim de Siqueira Franco, 8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em Atibaia SP BR.

5-2 José Caetano casado em 1824 em Atibaia com Maria Joaquina de Godoy f.ª de José Joaquim de Godoy e de Anna Maria Franco, n. p. de José Simões Salgado e de Joanna de Lima, n. m. de José Franco de Godoy e de Gertrudes Franco Furquim. Tit. Pretos. Lemos outras referencia onde ele é JOSÉ CAETANO FRANCO mas na GP só tem Camargo, o nome da esposa coincide.

5-José casou-se com 5-Maria Joaquina de Godoy, filha de 6-José Joaquim de Godoy Lima e 6-Anna Maria Franco, em 1824 em Atibaia SP BR. 5-Maria nasceu em Atibaia SP BR.

5-2 José Caetano de Camargo casado em 1824 em Atibaia com Maria Joaquina de Godoy f.ª de José Joaquim de Godoy e de Anna Maria Franco, n. p. de José Simões Salgado e de Joanna de Lima, n. m. de José Franco de Godoy e de Gertrudes Franco Furquim. Tit. Pretos.

5-José e 5-Maria tiveram os seguintes filhos:

+ 63F i. 4-Francisca de Paula Franco.

64 F ii. Escolástica de Camargo nasceu em 30 maio 1835.

65 M iii. João Caetano Franco.

Décima primeira Geração

63. 4-Francisca de Paula Franco (5-José Caetano Franco de Camargo, 6-Francisca de Paula Pedroso, 7- Joaquim de Siqueira Franco, 8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em Jarinu SP.

4-Francisca casou-se com 4-Camillo Lopes de Camargo, filho de 5-Salvador José Lopes de Camargo e 5-Gertrudes Maria Bueno, em 1845. 4-Camillo nasceu em Jarinu SP.
DISPENSA DE CASAMENTO CAMILLO LOPES DE CAMARGO - 2ð CASAMENTO
Achão-se contractados para se cazarem CAMILLO LOPES DE CAMARGO viúvo por óbito de Francisca de Paula; com LAURA FRANCA natural da freguesia de Campo Largo (Jarinu) donde ambos são fregueses, a nubente tem 24 anos, nenhum impedimento há entre eles, querem hua portaria para para se cazarem na freguesia de Campo Largo de Atibia (Jarinu), a qualquer do dia ou da noite, sendo dispensados dos proclamas, mais diligencias que devião fornecer Ao matrimonio. Pedimos ao Rev. Sr. Vigário de Jundiahy, que mande buscar portaria para o dito casamento, pois a nossa pobreza não permite que façamos essa dispeza, Campo Largo 1º de Outubro de 1870. ANTONIO LOPES, viúvo, certifica o desinpedimento e assina a petição.
Na linhagem Lopes Camargo encontra-se a descendência de José Camilo Lopes de Camargo, conhecido como Zé Camilo. Ele foi subdelegado, sitiante, negociador de gado, casas, sítios e, posteriormente, estabeleceu-se com um armazém na rua Independência (atual Bar do Neco Manara). Casado com Francisca da Silveira Leite, teve os filhos professora Norma Menez Segalla e Normando Silveira de Camargo. Ambos residem em Jundiaí mas mantêm propriedade em Jarinu. O sobrenome Camargo é originário da Espanha, do Vale de Camargo, Santander, mas a família se define como "portuguesa".
4-Camillo e 4-Francisca tiveram os seguintes filhos:

+ 66F    i. 3-Maria Franco Lopes (de Camargo) nasceu 12MAR1847.

   67 M ii. Paulo Lopes de Camargo nasceu em 28 janeiro 1849.
BATISMO: Padre: O Vigário João Mariano do Prado. Padrinhos: Jorge Franco do Amaral e sua muilher Maria das Dores do Espírito Santo.
68    F    iii. Carolina Lopes de Camargo nasceu em 15 setembro 1850. Nasceu em Jarinu - SP - BRA e foi batizada26 em 5 outubro 1850 em Jarinu - SP - BRA .
BATISMO: Padre: O Vigário João Mariano do Prado. Padrinhos: Lourenço Franco da Silveira, solteiro e Josefa Maria Franco, viúva.
69    M   iv. João de Camargo nasceu em 31 dezembro 1856. João de CAMARGO nasceu em 31 dezembro 1856 em Jarinu - SP - BRA e foi batizado27 em 10 janeiro 1857 em Jarinu - SP - BRA.
BATISMO: Padre: O Vigário Gaudêncio Antonio de Campos. Padrinhos: João Franco de Godoy e sua mulher Maria Carolina de Jesus.
Décima-segunda Geração

66. 3-Maria Franco Lopes (de Camargo) (4-Francisca de Paula Franco, 5-José Caetano Franco de Camargo, 6-Francisca de Paula Pedroso, 7- Joaquim de Siqueira Franco, 8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu 12MAR1847 em Jarinu SP.

Maria casou-se com José Lopes de CAMARGO37,38, filho de João José de CAMARGO Lopes e Gertrudes Maria FRANCO, em 1863 em Jarinu - SP - BRA. José nasceu em Jarinu - SP - BRA e foi batizado39 em 4setembro 1842 em Jarinu - SP - BRA.
BATISMO: Padre: O Vigário Luiz José de Brito. Padrinhos: Ignácio José da Silva e sua mulher Anna Gertrudes Franco
José e Maria tiveram os seguintes filhos:

+ 21 F i. Anna (Franco) Lopes de CAMARGO foi batizada em 28 agosto 1863.

3-Maria casou-se com 3-José Lopes de Camargo, filho de 4-João José Lopes de Camargo e 4-Gertrudes Maria Franco, em 1863. 3-José foi crismado em 4 setembro 1842 em Jarinu (Campo Lgo. de Atibaia) SP BR.
Dispensas Matrimoniais 1863 vol 7601 arqu. S.Paulo 1640-2012
1º de Novembro de 1863 folha 65 pagina 1
Querem se casar JOSÉ LOPES DE CAMARGO filho legítimo de JOÃO JOSÉ DE CAMARGO LOPES e de sua mulher GERTRUDES FRANCA (sic) já falecida, com MARIA FRANCA FILHA LEGÍTIMA DE CAMILLO LOPES DE CAMARGO e de sua mulher FRANCISCA FRANCA (sic) e o contraente é natural e batizado nesta freguesia ea contraente é natural e batizada nesta freguesia............ambos são fregueses..........
legado no terceiro grau de snguinidade. Certifico que destas convencionais denunciações não resultou mais impedimento que os por eles mencionado. Nada....................Estão desobrigados. Em um livro competente 1ð de assentos de batismo as fls. 4v. dele o assento do theor seguinte - JOSÉa margem. Aos quatro dias do mês de setembro de mil oito centos e quarenta e dois nesta matriz de Nossa Senhora do Carmo de CAMPO LARGO (DE Atibaia - atual Jarinu) batizei e pus os santos óleos ao inocente JOSÉ filho legitimo de JOÃO JOSÉ DE CAMARGO e de sua mulher GERTRUDES MARIA FRANCA (sic). Foram padrinhos Ignacio José da silva e sua mulher Anna Gertrudes Franca todos desta freguesia. O Vigario Lui José de Brito. Folha 2 Dizem os pobres lavradores JOSÉ LOPES DE CAMARGO e MARIA FRANCA nascidos e batizados na paróchia....................................etc.etc.etc.
3-José e 3-Maria tiveram os seguintes filhos:

+ 70F i. 2-Anna (Franco) Lopes de Camargo nasceu 28ago1864 e faleceu em 9 outubro 1942.

13. Geração

70. 2-Anna (Franco) Lopes de Camargo (3-Maria Franco Lopes (de Camargo), 4-Francisca de Paula Franco, 5-José Caetano Franco de Camargo, 6-Francisca de Paula Pedroso, 7- Joaquim de Siqueira Franco, 8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu 28ago1864 em Jarinu (Campo Lgo. de Atibaia) SP BR. Ela faleceu em 9 outubro 1942 em JUNDIAI SP e foi enterrada em JUNDIAI SP 21765 Q12.
Foram padrinhos de batismo CANDIDO LOPES DE CAMARGO e sua mulher MARIA CHRISTINA DE GODOIS O vigario Leandro Soares de Moraes
2-Anna casou-se com 2-Francisco Rodrigues de Camargo Senior, filho de 3-Luiz Antonio Rodrigues (Pires) e 3-Maria Joaquina (Bueno) de Camargo (e Silva), em 1 fevereiro 1881 em ITATIBA SP. 2-Francisco nasceu em 30 janeiro 1855 em CAMPINAS SP e foi crismado em 8 fevereiro 1855 em CAMPINAS SP (BATISMO)*. Ele faleceu em 7 fevereiro 1912 em ITATIBA SP e foi enterrado em CEMITÉRIO CENTRAL ITATIBA.
*Teve como padrinho o parente próximo (primo?) de sua mãe, Capitão Ajudante Álvaro Xavier de Camargo e Silva (filho do Cap. Mor de Campinas, Floriano de Camargo Penteado, pai da baronesa de Itatiba) casado com Maria Brandina de Souza Aranha (filha da 2ª baronesa e 1ª Viscondessa de Campinas Maria Luzia de Souza Aranha c.c. seu primo Francisco Egydio de Souza Aranha).

Casou com a da primeira esposa em Itatiba, 10.06.1875, Escholástica Maria de Siqueira, filha de Joaquim Soares de Camargo e Maria Gertrudes de Siqueira. Deste casamento teve a filha Maria, esta casada com Bento Soares de Camargo, depois com Ricardo Francisco dos Reis. Maria tinha 34 anos na época do inventario, nascida por volta de 1878. 
(Obs.: no casamento com Escholastica, foi registrado erroneamente com o nome de Francisco "Luíz" Rodrigues, de Campinas, filho de Luiz Antonio Rodrigues e Maria Joaquina de Camargo).

No inventario de 1912, no Arquivo Histórico de Itatiba, constam seus bens deixados em herança para sua mulher Anna Lopes de Camargo e seus 6+1 filhos. Por alto, são este os bens: 5 sítios:
1- Sítio do Feital em Itatiba, bairro do Pinhal, com 2 alqueires
2- Sítio Água Fria em Jundiaí, bairro do Caxambu 15 alqueires
3- Sítio Barreira em Jundiaí, no bairro da Barreira - 15 alqueires
4- Sítio Campo Verde, em Atibaia, bairro do Capão (atual Jarinu) 12 alqueires
5- Sítio (do Pinhal?) em Itatiba, c/ 20 alqueires e 6.000 pés de café, olaria, usina de açúcar, casas, etc
4 casas no centro de Itatiba
3 casas no centro de Jundiaí
7 casas de fazenda
Títulos de Obrigação do governo 2,2 contos de réis
Outros bens menores como, moveis, semoventes, veículos, plantações, animais, etc.
o Montante foi avaliado em 19.000.000 contos de Reís, sendo que meação da viúva foi pago,. mais ou menos, com os bens de Jundiaí, e os demais bens foram divididos entre os filhos e genros. Seus filhos menores Júlio 15 anos e almira 11 anos ficaram sob sua guarda, vivendo na casa do sítio da Barreira em Jundiaí, onde Júlio se casou e criou seus filhos, depois mudou-se com a família para a casa da rua Prudente de Moraes, 1186, avaliada no inventário em 400.000 réis, só 1 terreno, tinha dois, fora a casa, construída depois por Júlio. Sabe-se que na localidade do "Capão", hoje Jarinu, situa-se o sítio CAMPO VERDE que é hoje condomínio residencial de
propriedade do ex-ministro Delfim Neto.
2-Francisco e 2-Anna tiveram os seguintes filhos:

+71 M i. 1-Júlio Rodrigues de Camargo nasceu em 9 janeiro 1896 e faleceu em 1953, que segue

+72F ii. Hortência Rodrigues de Camargo.

73    F iii. Almira Rodrigues de Camargo nasceu em ITATIBA SP.

+ 74 M iv. Sebastião Rodrigues de Camargo faleceu em 4 setembro 1969.

+ 75M v.José Rodrigues de Camargo.

+ 76 F vi. Maria Soares de Camargo.

+ 77 M vii. David Rodrigues de Camargo.

14. Geração

71. 1-Júlio Rodrigues de Camargo (2-Anna (Franco) Lopes de Camargo, 3-Maria Franco Lopes (de Camargo), 4-Francisca de Paula Franco, 5-José Caetano Franco de Camargo, 6-Francisca de Paula Pedroso, 7- Joaquim de Siqueira Franco, 8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em 9 janeiro 1896 em ITATIBA SP. Ele faleceu em
1953 em PIRAPITINGUÍ SP e foi enterrado no Mausoléu Camargo do CEMITÉRIO CENTRAL JDI.

1-Júlio casou-se com Remédios Trujillo Palma, filha de José Trujillo López e Francisca Palma-Palacios, em 20 setembro 1919 em JUNDIAI SP. REMÉDIOS nasceu em 23 janeiro 1897 em ITU SP. Ela faleceu em outubro 1946 em JUNDIAI SP e foi enterrada em JUNDIAI SP. Eles tiveram os seguintes filhos

+ 78M i. B-Francisco Rodrigues de Camargo (Neto) Chiquinho nasceu em 4 dezembro 1922, no sítio de sua avó Anna Lopes e faleceu em 17 março 1979.

+ 79    F ii. Angelina Rodrigues de Camargo. 

80     F iii. Cecília Rodrigues de Camargo nasceu em JUNDIAI. Ela faleceu em SÃO
PAULO.

+     81       F iv. NATIVIDADE Rodrigues de Camargo.

+     82 F         v. Julieta de Camargo.

+  83  F vi. NAIR Rodrigues de Camargo.

+ 84 M vii. ROMEU Rodrigues de Camargo.

85    F  viii. Idaty Rodrigues de Camargo Barros nasceu em JUNDIAI. Idaty casou-se com DR. NELSON VIEIRA DE BARROS MÉDICO da Sta. Casa em SÃO PAULO. NELSON nasceu em SÃO PAULO. Ele faleceu em SÃO PAULO.

76. Maria Soares de Camargo. Maria era filha de Escolástica de Camargo, 1ª esposa de seu pai Francisco de Camargo Senior, tinha 34 anos da data de falecimento de seu pai, portanto teria nascido no ano de 1878.

Seu marido Bento Soares de Camargo faleceu em 23 Abril 1914, e ela, viúva, se casou novamente com Ricardo Francisco dos Reis, de quem teve os outros quatro filhos:

1- Jerônimo dos Reis
2- Vital dos Reis
3- Alcides dos Reis
4- João dos Reis
Informações do Cartório de Itatiba Online.
Maria casou-se com Bento Soares de Camargo. Bento faleceu em 23 abril 1914 em Itatiba SP. Eles tiveram os seguintes filhos

113 F    i. Anna (Soares) de Camargo.

114 M ii. Miguel (Soares) de Camargo.

15. Geração

78. B-Francisco Rodrigues de Camargo (Neto) "Chiquinho" (1-Júlio Rodrigues de Camargo, 2-Anna (Franco) Lopes de Camargo, 3-Maria Franco Lopes (de Camargo), 4-Francisca de Paula Franco, 5-José Caetano Franco de Camargo, 6-Francisca de Paula Pedroso, 7- Joaquim de Siqueira Franco, 8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em 4 dezembro 1922 em JUNDIAI. Ele faleceu em Santos SP, sepultado no jazigo da família em Jundiaí.

Chiquinho casou-se com Zulmira "de Nuncio" (Di Luzio), filha do italiano Vito Di Luzio, de Bisceglie, Bari, Púglia; filho de Pietro Di Luzio e Pasqua Spina e AMABÍLIA CERATTI GALAFASSI, filha dos italianos de Mantova (antiga Mântua, Império Austro-Húngaro) Vigílio Fioravante Galafassi e Cezira Ceratti (mesma família do frigorífico) em 26 junho 1944 em JUNDIAI SP.

ZULMIRA nasceu em 8 agôsto 1924 em SALTO SP. Ela faleceu em 2003 em JUNDIAI SP e foi enterrrada cemitério central em JUNDIAI SP. Eles tiveram os seguintes filhos

 + 118 M i. Alan Rodrigues de Camargo nasceu em 22 setembro 1946, São Paulo, ao lado do Ribeirão Tatuapé, antiga Vila Santista, Av. Celso Garcia, depois mudou-se para a fronteiriça Vila Textília, na rua com o nome do seu insuspeitado 11º avô paterno, Francisco Bueno, pai do seu decavô na linha reta, Bartolomeu Bueno da Silva, O Anhanguera I. Dali, com seus pais, mudaram-se para Jundiaí em 1955 onde viveu até 1964. Aos 18 anos de idade, em 1965 voltou a morar só e estudar, na capital, onde mora até o presente ano desta postagem. Morou por um ano (2002) no Sudeste dos EUA, onde trabalhou como fotógrafo profissional viajante.

16. Geração
118. Alan Rodrigues de Camargo (B-Francisco Rodrigues de Camargo (Neto), 1-Júlio Rodrigues de Camargo, 2-Anna (Franco) Lopes de Camargo, 3-Maria Franco Lopes (de Camargo), 4-Francisca de Paula Franco (de Camargo), 5-José Caetano Franco de Camargo, 6-Francisca de Paula Pedroso, 7- Joaquim de Siqueira Franco, 8-Lucas de Siqueira Franco, 9-Ignacio de Siqueira Ferrão, 10-Anna Maria de Siqueira, 11-Maria Vidal, 12-Mécia de Siqueira, 13-Anna Pires de Medeiros, 14-Salvador Pires) nasceu em 22 setembro 1946 em SÃO PAULO. Alan casou-se com ROSALY, falecida em 2016.








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